SUMÁRIO
ANATOMIA
Os meniscos são estruturas em formato de semilua (forma de “C”) situadas na articulação do joelho, interpondo-se entre a tíbia e o fêmur nos compartimentos femorotibiais medial (menisco medial) e lateral (menisco lateral). São compostos por fibrocartilagem, que é um tipo de tecido resistente e flexível que pode absorver choques e resistir ao desgaste. O menisco medial é maior que o lateral.
Partes dos meniscos
Cada menisco possui as seguintes partes: raiz anterior, corno anterior, corpo, corno posterior e raiz posterior.
Em todas as partes de cada menisco, podemos nos referir a sua superfície capsular e superfícies articulares superior e inferior, bem como sua margem livre e região periférica. Utilizamos esses termos na descrição de lesões meniscais.
Funções
- Ajudam a distribuir o peso de forma uniforme através da articulação do joelho, o que minimiza a sobrecarga de qualquer ponto específico.
- Ajudam a estabilizar o joelho, permitindo que ele se mova suavemente e de maneira controlada.
- Atuam como amortecedores, absorvendo o impacto quando corremos, pulamos ou fazemos outros movimentos de alto impacto.
Vascularização
A irrigação sanguínea dos meniscos é limitada. A periferia externa dos meniscos recebe sangue de pequenas artérias ao redor do joelho, enquanto a parte interna dos meniscos (mais próxima ao centro do joelho) não tem suprimento sanguíneo direto.
Os ⅔ centrais são avasculares (zona branca) e o ⅓ externo é vascularizado (zona vermelha). Além disso, vale destacar que a vascularização é mais proeminente em crianças.
Esta limitação no suprimento de sangue tem implicações significativas para a cicatrização de lesões meniscais: as lesões situadas na periferia externa tem maior probabilidade de cicatrização, enquanto as mais próximas à margem livre (parte interna), tem menor probabilidade de cicatrização.
Inervação
São inervados principalmente por ramos articulares do nervo tibial, que contribuem para a sensação de dor e desconforto quando há lesão meniscal.
Ligamentos relacionados
- Ligs. menisco-poplíteos superior e inferior: conectam o corno posterior do menisco lateral ao tendão poplíteo, delimitando um recesso articular chamado recesso poplíteo, o qual é um potencial pitfall que pode ser confundido com rotura longitudinal vertical do corno posterior do menisco lateral.
- Ligs. meniscofemorais (Humphrey e Wrisberg): estendem-se do corno posterior do menisco lateral para a parede medial do teto intercondilar.
- Lig. meniscofemoral anterior (lig. de Humphrey): tem trajeto anterior ao ligamento cruzado posterior (LCP).
- Lig. meniscofemoral posterior (lig. de Wrisberg): tem trajeto posterior ao LCP.
- Nem sempre estão presentes:
- ≈ 70 – 100 % das pessoas tem um ou ambos (Humphrey -/+ Wrisberg).
- ≈ 35 – 76 % das pessoas tem o lig. de Wrisberg.
- ≈ 26 – 50 % das pessoas tem o lig. de Humphrey.
- ≈ 6 – 17 % das pessoas tem ambos (Humphrey + Wrisberg).
- Lig. transverso (lig. intermeniscal de Winslow: estende-se do corno anterior do menisco lateral ao corno anterior do menisco medial. Os pontos de fixação podem ser confundidos com roturas verticais.
AVALIAÇÃO POR IMAGEM
Roturas meniscais podem ser de natureza traumática ou degenerativa. As degenerativas ocorrem mais comumente no corno posterior do menisco medial, e geralmente são do tipo horizontal, apesar de que pacientes com artrose podem desenvolver lesões complexas. Lesões verticais, radiais e complexas são mais frequentemente traumáticas.
Em radiografias simples (RX), as roturas meniscais não são visíveis. Em raros casos, podem ser observados achados indiretos, tais como aumento de partes moles quando houver cisto perimeniscal grande, ou fraturas correlatas.
A tomografia computadorizada (TC) também tem baixa acurácia para avaliação de lesões meniscais. Todavia, a artro-TC tem aplicação na investigação de re-lesão meniscal no pós-operatório de meniscectomia ou sutura meniscal. Na artro-TC, as imagens são adquiridas após injeção intra-articular de meio de contraste iodado.
O método de escolha para avaliação de lesões meniscais é a ressonância magnética (RM), com acurácia de cerca de 90%. Além disso, a artro-RM (após injeção intra-articular de meio de contraste paramagnético) tem acurácia ainda maior, e geralmente é reservada para avaliação pós-operatória meniscal para pesquisa de re-lesão, principalmente quando há dúvida diagnóstica na RM convencional.
- ROTURA MENISCAL ⇨ lesão linear com hipersinal em T2 estendendo-se a superfície articular superior e/ou inferior do menisco.
- Caso a alteração de sinal não apresenta extensão às superfícies articulares, não é um rotura meniscal, podendo ser:
- Degeneração intrassubstancial ⇨ adultos e idosos
- Vascularização proeminente ⇨ não patológico, jovens < 15 anos
- Contusão meniscal ⇨ contexto de trauma
Tipos de roturas
- Lesão longitudinal vertical ⇨ orientação perpendicular ao platô tibial e paralela ao eixo longo do menisco (o eixo do menisco é um semicírculo). Pode ser de espessura total ou parcial, dependendo se há comunicação com as superfícies articulares superior e inferior do menisco, ou somente com uma delas.
-
- Lesão em alça de balde ⇨ subtipo de lesão longitudinal vertical que se estende do corno anterior ao posterior, com alça deslocada para o assoalho da fossa intercondilar ou para o espaço articular femorotibial. Caso a alça se desloque para o espaço articular, pode haver bloqueio articular em flexão, limitando a extensão completa do joelho.
-
- Zip lesion ou Wrisberg rip ⇨ tipo de longitudinal vertical que ocorre na inserção dos ligamentos meniscofemorais (Wrisberg e Humphrey) no corno posterior do menisco lateral. O critério utilizado para diferenciar uma lesão Zip de um recesso normal na inserção dos ligamentos meniscofemorais é que, quando há lesão, a “fissura vertical” se estende por mais do que 5 mm no eixo laterolateral a partir do ponto no menisco de inserção dos ligamentos meniscofemorais.
- Lesão horizontal ⇨ orientação paralela à superfície articular superior ou inferior do menisco. Divide o menisco em metades superior e inferior. São frequentemente associadas com degeneração meniscal.
- Lesão radial ⇨ orientada como se fosse um raio do semicírculo do menisco. Pode ser parcial ou completa: se restrita à margem livre é parcial; se houver extensão até a superfície capsular, é completa.
- Lesão complexa ⇨ combinação de 2 ou + padrões de rotura (horizontal, vertical e radial). Pode ou não ter aspecto macerado.
Achados associados
- Flaps meniscais ⇨ partes do menisco, ainda conectadas a ele, deslocadas para fora de sua topografia habitual. Flaps podem se insinuar para recessos perimeniscais (superior e inferior), para o espaço articular femorotibial, para a fossa intercondilar, para outros recessos articulares (anterior ou posterior, por exemplo), dentre outros locais.
- Impacto osteomeniscal ⇨ impacto entre um flap meniscal deslocado para o recesso perimeniscal inferior junto ao platô tibial (lateral ou medial), onde se observa edema ósseo e infradesnivelamento da cortical óssea.
- Sinovite focal (“perimeniscite”) ⇨ processo inflamatório reacional em partes moles perimeniscais, geralmente relacionado a lesões meniscais.
- Extrusão meniscal ⇨ insinuação do menisco em > 3 mm em relação à margem da articulação femorotibial. O principal tipo de rotura meniscal associado a extrusão meniscal é a rotura radial. Quando há artrose do joelho, é comum haver extrusão meniscal também, mesmo sem rotura radial. A extrusão meniscal aumenta a probabilidade de fraturas por insuficiência e de evolução para artrose.
- Cisto perimeniscal ⇨ líquido articular atravessa a rotura meniscal e forma cisto junto à superfície capsular do menisco; pode haver mecanismo valvular, com formação de grandes cistos, que podem inclusive apresentar extensão para partes moles extracapsulares. Geralmente associado a roturas meniscais horizontais.
O que descrever no laudo
- Morfologia / tipo da lesão: horizontal, longitudinal vertical, complexa, radial, radial da raiz, alça de balde, etc.
- Extensão longitudinal: ao longo do eixo semicircular do menisco. Se a lesão for do tipo radial completa, a extensão longitudinal será a medida do gap na região de rotura.
- Espessura total ou parcial: se a lesão atingir as superfícies articulares superior e inferior, é uma lesão de espessura total; por outro lado, se atingir somente uma destas superfícies, é uma lesão de espessura parcial. Essa distinção só faz sentido para roturas verticais e complexas, e não precisa ser mencionada em roturas radiais ou horizontais.
- Superfície articular: extensão para a superfície articular superior, inferior ou para ambas.
- Zonas
- Lesões associadas: ligamentos, cartilagem, cápsula, etc.
Critérios de instabilidade
- Flap deslocado
- Lesão complexa
- Lesão de espessura total
- Extensão longitudinal > 10mm
EPIDEMIOLOGIA
- Roturas meniscais são comuns (60 a 70 casos / 100.000 pessoas por ano) ocorrendo em uma ampla gama de populações, de atletas profissionais a idosos sedentários.
- Raro em crianças.
- Em jovens ativos, geralmente decorrentes de trauma agudo, como entorse do joelho. Mais frequente em esportes de contato, como futebol e hóquei.
- 60% dos joelhos com artrose tem roturas meniscais em estudos de RM.
- Mais comuns no menisco medial do que no lateral, devido à maior mobilidade do menisco lateral e à maior carga que é colocada sobre o menisco medial.
CLÍNICA
Sintomas e sinais clínicos mais comuns de lesões meniscais:
- Dor no joelho: geralmente localizada na interlinha articular onde o menisco está localizado. Ela pode piorar com atividades que envolvem flexão ou rotação do joelho.
- Edema / “inchaço”: desenvolve-se ao longo de algumas horas após a rotura meniscal. Quando ocorre mais tardiamente (24-72 horas após o trauma), pode estar relacionado a derrame articular e sinovite.
- Bloqueio / “travamento” do joelho: incapacidade de estender completamente o joelho. Isso pode ocorrer se um “pedaço” (flap ou fragmento) de menisco se interpuser na interlinha articular
- Sensação de instabilidade: alguns pacientes podem sentir que o joelho não está estável durante certas atividades.
- Redução da mobilidade: a amplitude de movimento do joelho pode ser limitada devido à dor ou ao inchaço.
- Sinal do estalido: em alguns casos, durante o exame físico, pode-se perceber um estalido quando o joelho é flexionado ou estendido.
- Sinal de McMurray: sinal clínico que pode ser detectado durante o exame físico. Quando o joelho é flexionado e rodado, o que pode causar dor ou um estalido se houver uma lesão do menisco.
- Paciente deitado de costas na mesa de exame (posição supina).
- Examinador segura o joelho e o tornozelo do paciente, com uma mão em cada um.
- Joelho é flexionado completamente.
- Para testar o menisco medial, o examinador gira lentamente o pé e o tornozelo para fora (rotação externa), ao mesmo tempo em que estende lentamente o joelho. Para testar o menisco lateral, o pé e o tornozelo são girados para dentro (rotação interna) durante a extensão do joelho.
- Examinador sente e ouve qualquer estalido no joelho durante estes movimentos, que podem indicar lesão meniscal. A dor durante o teste também pode indicar uma possível lesão meniscal.
TRATAMENTO
Roturas meniscais podem ter consequências significativas para a mobilidade e qualidade de vida de um indivíduo.
As lesões meniscais podem ser tratadas de maneira conservadora ou cirúrgica, dependendo de uma série de fatores, incluindo o tipo e localização da lesão, a idade e o nível de atividade do paciente, a presença de sintomas e a resposta a tratamentos não cirúrgicos.
- Tratamento CONSERVADOR ⇨ lesões estáveis
- Tratamento CIRÚRGICO ⇨ lesões instáveis
- Sutura / reparo
- Lesões verticais na zona vermelha (zona 1), extensão > 1 cm ⇨ por exemplo, alça de balde
- Lesão de raiz ⇨ reinserção com âncora
- Idealmente em jovens < 40a
- Mais difícil, maior tempo de reabilitação
- Meniscectomia parcial
- Radial, bico de papagaio, horizontal, complexa, flaps
- Lesões na zona branca (zona 3)
- Reconstrução ⇨ aloenxerto, enxerto sintético, prótese meniscal
- Sutura / reparo
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS, PITFALLS E VARIANTES ANATÔMICAS
- Degeneração meniscal (pode estar associada a uma rotura)
- + comum no corno posterior do menisco medial.
- Hipersinal em T2 dentro da substância do menisco, sem extensão para suas superfícies articulares.
- Pode ter morfologia amorfa, globular ou até linear, mas sem comunicação com suas superfícies articulares.
- Contusão meniscal: parte do menisco com hipersinal em T2 sem morfologia linear (sinal pode ser amorfo ou globular), no contexto de trauma. O aspecto pode ser indistinguível de degeneração intrassubstancial mucoide; o que pode ajudar a diferenciar de diferenciação é a ausência de alterações em exames anteriores pré-trauma, o contexto de trauma, e a idade do paciente caso seja jovem.
- Vascularização meniscal proeminente: achado não patológico, mais frequente em crianças e jovens de até 15 anos.
- Menisco discoide: variação anatômica em que o menisco tem morfologia anormalmente ampla (corpo meniscal com ≥ 13 mm no eixo coronal, ou visualização do corpo meniscal em ≥ 3 cortes sagitais para exames feitos com espaçamento entre cortes > 4 mm) e/ou espessa, semelhante a um disco, ao invés da forma habitual de semicírculo. Mais comum no menisco lateral, mas também pode ocorrer no medial. Geralmente assintomático, mas pode haver dor, inchaço, instabilidade ou limitação na mobilidade do joelho, sobretudo em casos de roturas concomitantes ou no caso da variante de Wrisberg. O menisco discoide é mais suscetível a roturas devido à sua forma e tamanho anormais. Classificação:
- Completo ou Incompleto:
- Completo ⇨ > menisco cobre >80% da superfície articular do compartimento femorotibial (medial ou lateral).
- Incompleto ⇨ cobertura de <80% da superfície articular
- Estável ou instável:
- Estável ⇨ inserções periféricas (incluindo os ligs. menisco-poplíteos) e lig. de Wribserg normais.
- Variante de Wrisberg ⇨ ausência dos ligamentos meniscocapsulares posteriores (em particular os ligs. menisco-poplíteos), e lig. de Wrisberg intacto.
- Completo ou Incompleto:
- Flounce meniscal: aspecto “ondulado” da margem livre do menisco, geralmente sem nenhum significado clínico, mas eventualmente relacionado a subluxação femorotibial.
- Menisco anelar: variante anatômica rara em que o menisco lateral (na maioria dos casos) se apresenta com formato de anel, ao invés da forma semicircular normal. A diferenciação entre menisco anelar e rotura meniscal em alça de balde pode ser difícil: enquanto a porção central do menisco anelar é lisa, regular e triangular, a alça de balde geralmente tem aspecto mais degenerado e com morfologia / tamanho mais irregular. Todavia, o aspecto de imagem pode ser indistinguível. Pode levar à bloqueio articular, limitação de movimento e dor. Em alguns casos, o menisco pode se apresentar como um anel completo. Em outros, pode haver uma banda de tecido adicional que se estende a partir do menisco normal e se insina à região central da articulação, dando aparência de anel parcial. É um diagnóstico diferencial importante para roturas meniscais em “alça de balde”.
- Ossículo meniscal:
- Pequena ossificação ovoide ou triangular dentro da substância do menisco.
- Obs.: ossificação tem osso cortical e osso trabecular (esponjoso), enquanto uma calcificação não tem esse diferenciação.
- Pode variar de minúsculo a > 1 cm.
- + comum no corno posterior (menisco medial > menisco lateral)/
- Etiologia indeterminada: metaplasia por trauma pregresso, degenerativo ou variante anatômica.
- Assintomático ou dor e estalido.
- Pequena ossificação ovoide ou triangular dentro da substância do menisco.
- Ligamento menisco-meniscal oblíquo: variante anatômica. Cruza do corno anterior de um menisco para o corno posterior do outro menisco, passando entre o LCA e o LCP. Pode ser confundido com alça de balde deslocada para o assoalho da fossa intercondilar.
- Ligamento transverso: estrutura normal do joelho, que conecta os cornos anteriores dos meniscos medial e lateral entre si, atravessando a parte anterior da articulação. Sua função principal é estabilizar os meniscos, ajudando a manter sua posição correta durante o movimento do joelho e a distribuir o peso de maneira equilibrada através da articulação. O espaço entre o ligamento transverso e os cornos anteriores dos meniscos pode dar a falsa aparência de uma lesão vertical.
- Ligamentos meniscofemorais (Wrisberg e Humphrey): estruturas normais do joelho, que conectam o corno posterior do menisco lateral à margem interna do côndilo femoral medial. O ligamento de Wrisberg tem trajeto posterior ao ligamento cruzado posterior, e o ligamento de Humphrey tem trajeto anterior a ele.
- Cirurgia prévia
- Líquido no hiato poplíteo ⇨ possível confusão com lesão vertical na periferia do corno posterior do menisco lateral.
- Ligamento meniscofemoral anteroMEDIAL (LMFAM): variante anatômica. Estrutura ligamentar que se origina no fêmur do teto da fossa intercondilar, tem trajeto anterior ao ligamento cruzado anterior, e se insere no menisco medial e na tíbia.
- Ligamento meniscofemoral anteroLATERAL (LMFAL): variante anatômica. Estrutura ligamentar que se origina no fêmur do teto da fossa intercondilar, tem trajeto anterior ao ligamento cruzado anterior, e se insere no menisco lateral e na tíbia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Nguyen JC, De Smet AA, Graf BK et-al. MR imaging-based diagnosis and classification of meniscal tears. Radiographics. 2014;34 (4): 981-99. doi:10.1148/rg.344125202 – Pubmed citation
- Crawford R, Walley G, Bridgman S et-al. Magnetic resonance imaging versus arthroscopy in the diagnosis of knee pathology, concentrating on meniscal lesions and ACL tears: a systematic review. Br. Med. Bull. 2007;84 (1): 5-23. doi:10.1093/bmb/ldm022 – Pubmed citation
- Helms CA. The meniscus: recent advances in MR imaging of the knee. AJR Am J Roentgenol. 2002;179 (5): 1115-22. doi:10.2214/ajr.179.5.1791115 – Pubmed citation
- Guolong M, Zhi G, Yong H. An Intra-tendonous ganglion cyst causing impingement between the anterior cruciate ligament and anterior root of the medial meniscus: a case report. BMC Sports Sci Med Rehabil. 2013;5 (1): 22. doi:10.1186/2052-1847-5-22 – Free text at pubmed – Pubmed citation
- De Smet AA. How I diagnose meniscal tears on knee MRI. AJR Am J Roentgenol. 2012;199 (3): 481-99. doi:10.2214/AJR.12.8663 – Pubmed citation
- Perdikakis E, Skiadas V. MRI characteristics of cysts and “cyst-like” lesions in and around the knee: what the radiologist needs to know. Insights Imaging. 2013;4 (3): 257-72. doi:10.1007/s13244-013-0240-1 – Free text at pubmed – Pubmed citation
- Saad SS, Gorbachova T, Saing M. Meniscal Tears: Scanned, Scoped, and Sculpted: Resident and Fellow Education Feature. Radiographics. 2015;35 (4): 1138-9. doi:10.1148/rg.2015140173 – Pubmed citation
- Rand JA. Arthroscopic management of degenerative meniscus tears in patients with degenerative arthritis. Arthroscopy. 1986;1 (4): 253-8. Pubmed citation