CRÂNIO

Como calcular: ângulo formado entre 2 linhas da base do crânio em perfil:

  • linha que vai do násion até o tubérculo da sela túrcica
  • linha que vai do tubérculo da sela túrcica até o básion

Normal: ≤ 140º

Anormal: > 140º (ou 143º). Indica a presença de platibasia.

Medidas Ortopédicas - ângulo basal de Welcher Radiologia Online

Ângulo basal de Welcher

TRANSIÇÃO CRANIOCERVICAL

Exame: radiografia da coluna cervical em perfil ou corte medio-sagital de TC ou RM da coluna cervical

Como calcular: linha que define o plano do forame magno, ou seja, de sua margem anterior (básion) até sua margem posterior (opisthion)

Normal: ponta do processo odontoide abaixo desta linha.

Anormal: ponta do processo odontoide acima desta linha. Indica invaginação basilar.

Medidas Ortopédicas - linha de Mcrae Radiologia Online

Linha de McRae

Exame: radiografia da coluna cervical em perfil ou corte medio-sagital de TC ou RM da coluna cervical

Como calcular: linha que da margem posterior do forame magno (opisthion) até a margem posterior do palato duro

Normal: ponta do processo odontoide ultrapassando a linha em ≤ 3 mm

Anormal: ponta do processo odontoide ultrapassando a linha em > 3 mm. Indica invaginação basilar.

Medidas Ortopédicas - linha de Chamberlain Radiologia Online

Linha de Chamberlain

Exame: radiografia da coluna cervical em perfil ou corte medio-sagital de TC ou RM da coluna cervical

Como calcular: linha que da borda mais caudal do osso occipital até a margem posterior do palato duro. Trata-se de uma modificação da linha de Chamberlain para quando o opisthion não é bem visualizado. É considerada a melhor para a avaliação de invaginação basilar, pois os parâmetros anatômicos estão presentes em todas as faixas etárias.

Normal: ponta do processo odontoide ultrapassando a linha em ≤ 4,5 mm

Anormal: ponta do processo odontoide ultrapassando a linha em > 4,5 mm. Indica invaginação basilar.

Medidas Ortopédicas - linha de McGregor Radiologia Online

Linha de McGregor

Exame: radiografia da coluna cervical em perfil ou corte medio-sagital de TC ou RM da coluna cervical

Como calcular: distância entre o básion e uma linha traçada na margem posterior do processo odontoide

Normal: ≤ 12 mm

Anormal: > 12 mm. Indica dissociação occipito-cervical

Medidas Ortopédicas - distância basion axis Radiologia Online

Exame: radiografia da coluna cervical em perfil ou corte medio-sagital de TC ou RM da coluna cervical

Como calcular: distância entre a margem anterior do processo odontoide e a margem posterior posterior do arco anterior do atlas (C1)

Normal: ≤ 3 mm em adultos e ≤ 5 mm em crianças

Anormal: se aumentado, indica instabilidade atlantoaxial, relacionada a causas como Síndrome de Down, trauma ou artrite reumatoide

Medidas Ortopédicas - intervalo atlantoaxial e atlanto odontoide posterior Radiologia Online

Intervalo atlantoaxial e distância atlanto-odointoide posterior (espaço do canal raquiano)

Exame: radiografia da coluna cervical em perfil ou corte medio-sagital de TC ou RM da coluna cervical

Como calcular: distância entre a margem posterior do processo odontoide e a margem anterior do arco posterior do atlas (C1)

Normal:  14 mm no plano de C1 (e ≥ 12 mm abaixo de C2)

Anormal: se reduzida, indica compressão medular, sobretudo em casos de instabilidade atlantoaxial ou pseudoartrose do processo odontoide

Medidas Ortopédicas - intervalo atlantoaxial e atlanto odontoide posterior Radiologia Online

Intervalo atlantoaxial e distância atlanto-odointoide posterior (espaço do canal raquiano)

COLUNA VERTEBRAL

Exame: radiografia FRONTAL da coluna em ortostase

Como calcular: ângulo formado entre 2 linhas:

  • linha paralela ao platô superior da vértebra com maior curvatura da extremidade superior da curvatura escoliótica
  • linha paralela ao platô inferior da vértebra com maior curvatura da extremidade inferior da curvatura escoliótica

Normal: < 10º

Anormal: > 10º . Indica a presença de escoliose.

Quando há mais do que uma curvatura (escoliose em “S” ou “duplo S”), a curvatura primária é a que tem o maior ângulo de Cobb. Já a secundária tem ângulo de Cobb menor e é considerada compensatória (pode haver mais do que uma curvatura secundária).

Para avaliar se as curvaturas são estruturadas ou não estruturadas, deve-se realizar radiografias AP dinâmicas da coluna, com inclinação lateral para a esquerda e para a direita. Quando uma curvatura tem ângulo de Cobb > 25º durante a inclinação lateral para o lado oposto ao de sua convexidade, é chamada de estruturada, e tem maior chance de progressão. Caso o ângulo de Cobb seja < 25º durante essa inclinação, é considerada não-estruturada, com menor chance de progressão.

cobb radiologia online

Mensuração do ângulo de Cobb, que corresponde ao angulo “a” ou ao ângulo “b” da figura, os quais são geometricamente iguais.

cobb radiologia online

Na imagem da esquerda (radiografia AP em posição neutra), há escoliose com curvaturas dextroconvexa torácica primária e sinistroconvexa lombar secundária. As radiografias do meio e da direita foram realizadas com a paciente inclinando-se lateralmente para a direita e para a esquerda, e evidenciam, respectivamente, que a curvatura torácica é estruturada (Cobb > 25º) e a lombar é não-estruturada (Cobb < 25º)

Exame: radiografia em PERFIL da coluna em ortostase

Como calcular: ângulo formado entre duas linhas paralelas aos platôs inferiores de C2 e de C7

Valores de referência:

  • Normal: 20º a 35º
  • < 20º: retificação da lordose fisiológica da coluna cervical
  • > 35º: acentuação da lordose cervical (hiperlordose cervical)
Medidas Ortopédicas - cobb cervical

Cervical Spine Alignment in the Sagittal Axis: A Review of the Best Validated Measures in Clinical Practice. Global Spine Journal. 2021;11(8):1307-1312. doi:10.1177/2192568220972076

Exame: radiografia em PERFIL da coluna em ortostase

Como calcular: ângulo formado entre as linhas paralelas aos platôs superior de T4 e inferior de T12

Valores de referência:

  • Normal: 20º a 45º (ou 30º a 50º)
  • < 20º (ou 30º): retificação da curvatura fisiológica da coluna torácica (dorso plano)
  • > 45º (ou 50º): acentuação da cifose torácica (hipercifose torácica)

Medidas Ortopédicas - cobb cifose

Exame: radiografia em PERFIL da coluna em ortostase

Como calcular: pode ser avaliado de 2 formas diferentes:

  • Ângulo formado entre linhas paralelas aos platôs superior de L1 e inferior de L5.
  • Ângulo formado entre linhas paralelas aos platôs superiores de L1 e de S1.

Obs.: há outras metodologias para medir na literatura, usando outras vértebras e platôs (diferentes combinações entre T12, L1, L4, L5 e S1). As duas formas mencionadas acima são as mais frequentes em estudos científicos. Particularmente a que usa os platôs superior de L1 e inferior de L5 parece ser a mais indicada, pois não sofre influência da inclinação sacral (sacral slope).

Valores de referência:

Os valores de referência para normalidade variam muito na literatura, dentre eles: 30º a 80º, 35º a 60º e 30º a 52º. Como cada trabalho científico que validou os valores de referência foi feito usando uma metodologia diferente, fica ainda mais difícil definir qual seria o intervalo de “normalidade” mais indicado para utilizar. Além disso, há pequenas variações nos valores de referência entre homens e mulheres.

  • Normal: 30º a 80º
  • < 30º: retificação da lordose lombar
  • > 80º: acentuação da lordose lombar (hiperlordose lombar)
Medidas Ortopédicas - cobb lordose 3

Os ângulos α e β  nas imagens são iguais na imagem da esquerda e iguais na imagem da direita. São somente formas diferentes de obtê-los. Anim-Sampong, et al (2022). Cobb angle measurements on lateral lumbar radiographs obtained in the lateral recumbent position: A Ghanaian study. https://doi.org/10.21203/rs.3.rs-1562196/v1

Exame: radiografia em PERFIL da coluna em ortostase

Como calcular: ângulo formado entre 2 linhas:

  • Linha tangenciando o platô superior do corpo vertebral de S1
  • Plano horizontal (plano do exame)
Medidas Ortopédicas - angulo lombossacral ferguson

Journal of Neurosciences in Rural Practice, 9(3), 298–304

Normal: 35º a 45º

Anormal: se maior que 45º, sugere hiperlordose lombar. Entretanto, é necessário destacar que boa parte dos casos de hiperlordose sacral tem ângulo de inclinação sacral normal (ver imagem abaixo).

Medidas Ortopédicas - tipos lordose e sacral slope

• Tipo 1 de lordose: inclinação sacral inferior a 35º; o ápice da lordose está centrado no meio do corpo da vértebra L5; o arco inferior da lordose é mínimo, diminuindo em direção a zero à medida que a inclinação sacral se aproxima da horizontal; o ponto de inflexão (transição entre a cifose superior e a lordose lombar) é baixo e posterior, criando uma lordose curta com um ângulo de inclinação negativo; a coluna superior apresenta uma cifose significativa na junção toracolombar e na região torácica.
• Tipo 2 de lordose: inclinação sacral é inferior a 35º; o ápice da lordose está localizado na base do corpo da vértebra L4; o arco inferior da lordose é relativamente plano; o ponto de inflexão é mais alto e mais anterior, diminuindo o ângulo de inclinação da lordose, mas aumentando o número de corpos vertebrais incluídos na lordose; toda a coluna é relativamente hipolordótica e hipocifótica.
• Tipo 3 de lordose: inclinação sacral entre 35º e 45º; o ápice da lordose lombar está no centro do corpo da vértebra L4; o arco inferior da lordose é mais proeminente; o ponto de inflexão está na junção toracolombar e o ângulo de inclinação da lordose é quase zero; uma média de quatro vértebras constitui o arco da lordose. A coluna está bem equilibrada.
• Tipo 4 de lordose: inclinação sacral maior que 45º; o ápice da lordose está localizado na base da vértebra L3 ou mais acima; o arco inferior da lordose é proeminente e o ângulo de inclinação da lordose é zero ou positivo; o número de vértebras em orientação lordótica é maior que 5; existe um estado de hiperextensão segmentar.
Referência: Key, J. (2010). The two primary patterns of torso dysfunction. In: Back Pain – A Movement Problem (pp. 217–237). Elsevier.

Exame: radiografia frontal da coluna em ortostase

Como calcular: linha vertical através do centro do sacro (através de seus processos espinhosos) e perpendicular a uma linha que conecta as margens superiores das cristas ilíacas

Normal: linha passar pelo centro de cada vértebra da coluna

Serve para definir o eixo mecânico sagital da coluna vertebral. Na escoliose, as vértebras estáveis são as divididas ao meio (ou quase ao meio) pela linha sacral central. Somente a título de curiosidade, na escoliose, vértebras neutras são aquelas sem desvio rotacional, ou seja, com distâncias iguais entre seus pedículos e processo espinhoso na radiografia frontal.

Medidas Ortopédicas - linha sacral central Radiologia Online

Linha sacral central

OMBRO

Normal: 2 – 4 mm

Aumentado: > 7 mm ou diferença entre o lado esquerdo e o direito > 3 mm. Pode estar aumentado em: subluxação / luxação acromioclavicular; erosão / reabsorção da extremidade da clavícula

Reduzido: < 2 mm. Pode estar reduzido na artrose acromioclavicular

Medidas Ortopédicas - espaço acromioclavicular radiologia online

Normal: ≥ 1 cm

Alterado: ≤ 6 mm ou diferença > 3 mm entre o lado esquerdo e o direito.

O espaço subacromial pode estar reduzido em casos de rotura crônica do tendão do supraespinhal, ou em diversas condições que podem causar impacto subacromial:

  • Artrose acromioclavicular com osteófitos inferiores ≥ 2 mm
  • Os acromiale
  • Acrômio tipo 3 (“ganchoso”)
  • Acentuação da inclinação lateral do acrômio

radiologia online - espaço subacromial

Normal: 11 – 13 mm

Alterado: > 13 mm. Indica: subluxação / luxação acromioclavicular

Medidas Ortopédicas - coracoclavicular radiologia online

COTOVELO

Normal: ≤ 55º

Medidas Ortopédicas - linhas umeral anterior e radiocapitular radiologia online

Linha umeral anterior e linha radio-capitular

Calculado como auxílio na investigação de fraturas supracondilianas do úmero distal em pacientes da faixa etária pediátrica, com fises abertas, sobretudo quando sutis.

Exame: radiografia do cotovelo em AP, com o cotovelo em extensão

Como calcular: ângulo formado entre as linhas:

  • linha perpendicular ao eixo longo do úmero
  • linha da fise do capítulo

Normal: 8º a 20º

Interpretação: o valor absoluto não tem tanta importância. A assimetria de medidas entre ambos os cotovelos deve ser valorizada, podendo indicar fraturas supracondilianas do úmero distal. Uma diferença maior do que 5º pode ser considerada significativa. Entretanto, deformidades em varo e com rotação interna do cotovelo podem condicionar diferenças entre os cotovelos. Imagem relacionada

Medidas Ortopédicas - baumann

Ilustração mostrando diferença de 10˚ entre os ângulos de Baumann dos cotovelos direito e esquerdo, relacionada à fratura.

PUNHO / MÃO

Ângulo capitato-semilunar

Exame: radiografia do punho em perfil

Como calcular: ângulo formado entre os eixos do capitato e do semilunar:

  • Eixo do capitato: linha longitudinal através do centro do eixo longo do capitato
  • Eixo do semilunar: bissetriz do semilunar na radiografia em perfil

Normal: ≤ 30º

Anormal: > 30º. Indica instabilidade do carpo (DISI ou VISI, dependendo do ângulo escafo-semilunar)

Ângulo escafo-semilunar

Exame: radiografia do punho em perfil

Como calcular: ângulo formado entre os eixos do escafoide e do semilunar:

  • Eixo do escafoide: eixo longo do escafoide, obtida traçando-se uma linha tangenciando os contornos proximais de sua superfície articular proximal e de seu tubérculo distal
  • Eixo do semilunar: bissetriz do semilunar na radiografia em perfil

Normal: 30º a 60º

Indeterminado: 60 a 80º

Anormal:

  • > 80º. Indica instabilidade do tipo DISI
  • < 30º. Indica instabilidade do tipo VISI
Medidas Ortopédicas - disi visi escafossemilunar lunocapitato radiologia online 1

S = eixo do semilunar, E = eixo do escafoide, C = eixo do capitato, DISI = instabilidade segmentar intercalada dorsal, VISI = instabilidade segmentar intercalada volar

Exame: radiografia do punho em AP

Como calcular: distância entre o escafoide e o semilunar

Normal: < 2 mm em adultos

Indeterminado: 2 – 3 mm

Anormal: > 3 mm. Indica dissociação escafo-semilunar

Em crianças, esse espaço é habitualmente maior, uma vez que não há ossificação completa dos ossos do carpo. Os valores de referência são diferentes:

  • 6 anos: normal de 7 – 9 mm (alterado: > 12 mm)
  • 7 anos: normal de 6 – 8 mm (alterado: > 11 mm)
  • 8 anos: normal de 5,5 – 7,5 mm (alterado: > 10,5 mm)
  • 9 anos: normal de 5 – 6,5 mm (alterado: > 9,5 mm)
  • 10 anos: normal de 4,5 – 6 mm (alterado: > 9 mm)
  • 11 anos: normal de 4 – 5 mm (alterado: > 8 mm)
  • 12 anos: normal de 3,5 – 4,5 mm (alterado: > 7,5 mm)

As variantes ulnar negativa ou positiva alteram a distribuição de carga para o rádio e para a ulna, estando associadas a lesões e alterações degenerativas precoces. É importante destacar que a variância ulnar não tem relação com o comprimento do processo estiloide da ulna.

Exame: radiografia do punho em PA

Como calcular: distância entre duas linhas:

  • Linha tangente à superfície articular da ulna distal, perpendicular ao eixo longo do rádio
  • Linha tangente à superfície articular da fossa semilunar do rádio distal, perpendicular ao eixo longo do rádio

Normal: 0 mm

Variância ulnar positiva: > 0 mm, ou seja, a extremidade distal da ulna é mais longa do que a margem distal do rádio distal. Associação com impacto ulnocarpal.

Variância ulnar negativa: < 0 mm, ou seja, a extremidade distal da ulna é mais curta em relação à margem distal do rádio. Associação com doença de Kienbock e impacto radioulnar distal.

Observação: a variação ulnar varia de acordo com a posição do punho, sendo fisiologicamente positiva durante a pronação e preensão forçada da mão e negativa em supinação.  Essa variação fisiológica deve ser considerada na avaliação de estudos de RM, em que o punho é habitualmente avaliado em pronação (posição de “super-homem”), ou seja, pode haver um falso diagnóstico de variância ulnar positiva à RM.

Exame: radiografia frontal do punho

Como calcular: ângulo formado entre duas linhas:

  • Linha perpendicular ao eixo longitudinal do rádio
  • Linha que conecta as margens (medial e lateral) da superfície articular do rádio distal

Normal: 21° a 25 °

Alterado: < 21°. Associação com aumento da carga através do semilunar.

Resultado de imagem para radial length

Medida utilizada na avaliação e descrição de fraturas do rádio distal.

Exame: radiografia do punho em PA

Como calcular: distância entre as duas linhas:

  • Linha perpendicular ao eixo longitudinal do rádio, tangenciando a extremidade distal do processo estiloide do rádio
  • Linha perpendicular ao eixo longitudinal do rádio, tangenciando a superfície articular da ulna distal

Normal: 10 a 13 mm

Resultado de imagem para radial length

Medida utilizada na avaliação e descrição de fraturas do rádio distal.

Exame: radiografia do punho em perfil

Como calcular: ângulo entre as duas linhas:

  • Linha ao longo da superfície articular do rádio distal
  • Linha perpendicular ao eixo longitudinal do rádio

Normal: 2° a 20° (em média 11°)

Resultado de imagem para radial length

BACIA / QUADRIL

Exame: radiografia da bacia em AP

Linha Vertical de Perkin: linha de referência que corre verticalmente através do aspecto lateral do acetábulo ósseo.

Linha de Hilgenreiner: linha de referência horizontal que passa através das porções mais superiores das cartilagens trirradiadas.

Linha de Shenton: arco formado pela porção superior do forame obturador e pelo aspecto interno do colo femoral. Este arco pode estar interrompido em subluxação do quadril. Em crianças menores que 1 ano, o arco pode estar alterado devido à ossificação incompleta da bacia e do fêmur.

Índice Acetabular: ângulo formado pela intersecção das linhas do teto do acetábulo e de Higenreiner. O valor normal em crianças maiores que 4 meses é de 25° a 35°.

Indicação: avaliação de impacto femoroacetabular do tipo CAM. O ângulo alfa (α) é um parâmetro utilizado para quantificar o grau de deformidade femoral devido a perda da esfericidade na transição cabeça – colo femoral.

Exame: idealmente, utilizar plano axial oblíquo do quadril (no plano do colo femoral) de exames de TC ou RM; radiografia do quadril em incidência de Dunn 45º (preferível) ou cross-table lateral, ou pode ser utilizada para avaliação inicial para avaliação de perda de esfericidade na região anterossuperior da transição entre a cabeça e colo femoral. Radiografias biplanares (AP e perfil) não excluem alterações e tendem a subestimar o grau de deformidade.

Como calcular: primeiro traçar um círculo sobre a cabeça femoral. Em seguida, traçar um ângulo formado entre o eixo central do colo femoral, e outra linha que conecta o centro do círculo da cabeça femoral e o ponto em que o círculo deixa apresentar intersecção com a cabeça femoral.

Normal: ≤ 55º

Anormal: > 55º (alguns autores recomendam utilizar o valor de corte de 60º, para aumentar a especificidade da avaliação)

angulo alfa - radiologia online

Método de cálculo do ângulo alfa

Medidas Ortopédicas - alfa alterado

Ângulo alfa anormal, devido à presença de perda da esfericidade na transição cabeça-colo femoral

Medidas Ortopédicas - alfa RM

Exemplos de ângulo alfa normal (esquerda) e alterado (direita).

Medidas Ortopédicas - alfa incidencia Dunn 45 graus

Exemplo de avaliação do ângulo alfa em radiografia (incidência Dunn 45º) de um quadril normal.

Indicação: avaliação de impacto femoro-acetabular do tipo CAM. É menos utilizado do que o ângulo alfa.

Como calcular: traçar duas linhas paralelas ao eixo do colo femoral através do (i) ponto mais anterior da cabeça femoral e (ii) do ponto mais anterior do colo femoral. O offset é a menor distância entre essas linhas.

Normal: > 8 mm

Anormal: <8 mm

Adicionalmente, pode-se calcular a razão do offset femoral quando a perda de esfericidade é na região anterior (3h) da transição cabeça-colo femoral. A razão do offset femoral é obtida através da divisão do offset femoral pelo diâmetro da cabeça femoral.  A razão do offset femoral é considerada anormal quando < 0,15.

Medidas Ortopédicas - offset femoral

Método para calcular o offset femoral

Medidas Ortopédicas - offset alterado

Exemplo de offset femoral anormal, devido à presença de perda da esfericidade na porção anterior da transição cabeça-colo femoral.

Exame: radiografia em AP da bacia ou do quadril.

Como medir: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha vertical que atravessa o centro da cabeça femoral
  • Linha que conecta o centro da cabeça femoral à borda lateral da área de carga do acetábulo (sourcil). A área de carga do acetábulo (sourcil) corresponde à área esclerótica no teto acetabular com morfologia arciforme: medialmente, termina no teto da fossa acetabular; e lateralmente, termina na porção mais lateral dessa linha esclerótica (e não na margem lateral do acetábulo, a qual pode coincidir com o limite da área de carga do acetábulo, ou se localizar lateralmente a ela).

Se for utilizado a borda lateral do acetábulo ao invés da borda lateral do sourcil, a medida obtida não será o ângulo centro-borda de Wiberg ou de Ogata (W-CEA), mas sim o ângulo centro-borda lateral (L-CEA).

Normal: 25º – 39º em adultos, e 20º a 39º em crianças (< 17 anos)

Anormal:

  • < 20º em adultos e < 15º em crianças (<17 anos): indica displasia acetabular
  • 20º a 25º em adultos, e 15º a 20º em crianças (<17 anos): limítrofe (borderline)
  • ≥39º: excesso de cobertura acetabular (39º a 44º: coxa profunda; >44º: protrusão acetabular); associação com impacto femoroacetabular do tipo pincer
Medidas Ortopédicas - angulo centro borda

Método para obtenção do ângulo centro-borda de Wiberg. Na imagem da esquerda (a), a margem lateral da área de carga do acetábulo (sourcil) coincide com a margem lateral do acetábulo. Já na imagem da direita (b), a margem lateral do acetábulo (E1) está situada lateralmente à margem lateral da área de carga (E2), devendo-se utilizar o ponto E2 para a medida. Alguns autores se referem a esse refinamento do ângulo centro-borda como ângulo de Ogata (a forma como foi medido na imagem b).

Medidas Ortopédicas - angulo centro borda RX

Observe como deve ser medido o ângulo centro-borda de Wiberg (W-CEA), passando através da margem lateral da área de carga do acetábulo (da linha esclerótica), diferente do ângulo centro-borda lateral (L-CEA), que passa através da margem lateral do acetábulo. Eventualmente, esses dois pontos podem coincidir.

Indicação: avaliar a cobertura acetabular anterossuperior (pesquisa de displasia e excesso de cobertura acetabular anterossuperior).

Exame: radiografia do quadril em falso perfil de Lequesne (só pode ser medida nessa incidência)

Medidas Ortopédicas - falso perfil Lequesne

Técnica radiográfica para aquisição do falso perfil de Lequesne. Paciente em posição ortostática, com pelve rodada em 25º em relação ao feixe de raios-X e 65º em relação ao cassete. O pé próximo ao cassete deve estar posicionado paralelamente ao cassete. O lado a ser examinado é o próximo ao cassete. A radiografia estará tecnicamente adequada se a distância entre as duas cabeças femorais for aproximadamente o tamanho de uma cabeça femoral.

Como medir: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha que conecta o centro da cabeça femoral à borda anterior do acetábulo
  • Linha vertical que atravessa o centro da cabeça femoral, paralela ao eixo longitudinal do corpo

Normal: 25º a 39º

Limítrofe: 20º a 25º

Displasia acetabular anterossuperior: <20º.

Excesso de cobertura acetabular: ≥ 39º (39º a 44º: coxa profunda; >44º: protrusão acetabular)

Medidas Ortopédicas - angulo centro borda de Lequesne

Metodologia para medir o ângulo centro-borda de Lequesne.

Exame: radiografia em AP da bacia ou do quadril.

Como medir: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha horizontal que tangencia a borda inferior da lágrima (teardrop)
  • Linha oblíqua que conecta as bordas medial e lateral da área de carga do acetábulo (sourcil). A área de carga do acetábulo (sourcil) corresponde à área esclerótica no teto acetabular com morfologia arciforme: medialmente, termina no teto da fossa acetabular; e lateralmente, termina na porção mais lateral dessa linha esclerótica (e não na margem lateral do acetábulo, a qual pode coincidir com o limite da área de carga do acetábulo, ou se localizar lateralmente a ela).

Normal: 0º a 10º

Anormal:

  • > 10 – 12º: indica displasia acetabular
  • < 0º: indica excesso de cobertura acetabular, associado a impacto femoroacetabular do tipo pincer
Medidas Ortopédicas - Tonnis

Método para obter o ângulo de Tonnis

Medidas Ortopédicas - Tonnis2

Exemplo de obtenção do ângulo de Tonnis

O acetábulo normal é antevertido.

Exame: radiografia da bacia AP, TC e RM.
A avaliação por radiografia deve ser realizada em incidência AP da bacia (e não do quadril), em tilt pélvico neutro (distância do contorno superior da sínfise púbica até e ponta do cóccix entre 3 e 5 cm), e sem rotação lateral (a ponta do cóccix deve estar na mesma linha da sínfise púbica).

Medindo a versão acetabular pela TC ou RM: reformatar as imagens (MPR) para corrigir eventuais angulações da aquisição, e obter no corte mais cranial em que se observa a cabeça femoral (ou um dos mais craniais em que seja possível medir), o ângulo formado pelas linhas:

  • linha correspondente ao plano sagital verdadeiro (corrigir eventual rotação da bacia, usando pontos de referência anatômicos bilaterais)
  • linha tangenciando as margens anterior e posterior do acetábulo

Normal: 15º a 20º de anteversão

Alterado: < 0º (indica retroversão).

Medidas Ortopédicas - versao radiografia3

SINAL DO CROSSOVER: parede anterior do acetábulo intersecciona e cruza lateralmente à parede posterior. SINAL DA PAREDE POSTERIOR: no quadril normal, a parede posterior do acetábulo projeta-se sobre o centro da cabeça femoral; em casos de parede acetabular posterior deficiente, o seu contorno é visível medial ao centro da cabeça femoral; em contrapartida, se houver parede acetabular posterior proeminente, o seu contorno será observado lateralmente ao centro da cabeça femoral. SINAL DA ESPINHA ISQUIÁTICA: considerado positivo se a espinha isquiática for visível medialmente à linha iliopectínea; também está relacionado a retroversão acetabular. É importante destacar que essas linhas e sinais só podem ser avaliados em incidência AP da bacia (e não do quadril), pois foram descritas para essa incidência, e poderão gerar falso-positivos se utilizados em radiografias do quadril.

Medidas Ortopédicas - versao radiografia4

Linha amarela: parede anterior do acetábulo; linha vermelha: parede posterior do acetábulo; ponto vermelho: centro da cabeça femoral.  IMAGEM DA ESQUERDA: anteversão normal. IMAGEM DO MEIO: retroversão acetabular, com sinal do crossover (parede anterior do acetábulo intersecciona e cruza lateralmente à parede posterior) e parede posterior situada medialmente ao centro da cabeça femoral (sinal da parede posterior). IMAGEM DA DIREITA: proeminência da parede posterior, caracterizada pela posição lateral da parede posterior em relação ao centro da cabeça femoral (sinal da parede posterior). Esse achado pode estar presente em casos de protrusão acetabular / coxa profunda, ou em proeminência isolada da parede posterior, apresentando associação com impacto femoroacetabular posterior. É importante destacar que essas linhas e sinais só podem ser avaliados em incidência AP da bacia (e não do quadril), pois foram descritas para essa incidência, e poderão gerar falso-positivos se utilizados em radiografias do quadril.

Medidas Ortopédicas - sinal da espinha isquiática e crossover sign

Sinais de crossover e da espinha isquiática, bilateralmente, indicando retroversão de ambos os acetábulos.

Medidas Ortopédicas - anteversao retroversao TC cranial

Metodologia para obtenção da versão acetabular pela TC. Sugere-se que seja utilizado o corte axial mais cranial em que se observa a cabeça femoral (ou um dos mais craniais em que seja possível medir), para melhorar a acurácia da medição.

Equivale no adulto ao índice acetabular obtido na faixa etária pediátrica

Exame: radiografia da bacia ou do quadril em AP

Como medir: ângulo formado pelas linhas:

  • linha horizontal que tangencia as bordas inferiores das “lágrimas” bilateralmente
  • linha oblíqua que conecta a borda inferior da “lágrima” até a borda superolateral do acetábulo.

Normal: < 38º

Alterado: ≥ 38º. Indica displasia acetabular

Exame: radiografia da bacia em perfil

Como calcular: ângulo formado entre (1) uma linha vertical através do centro das cabeças femorais e (2) outra linha conectando o centro das cabeças femorais e o ponto médio (centro) do platô superior do corpo vertebral de S1

Normal: 13 ± 6 graus

Exame: radiografia da bacia em perfil

Como calcular: ângulo formado entre (1) uma linha horizontal  através do ponto médio (centro) do platô superior do corpo vertebral de S1 e (2) outra linha paralela ao platô superior do corpo vertebral de S1

Normal: 41 ± 8 graus

Trata-se da “espessura da bacia”, sendo uma característica constitucional anatômica de cada indivíduo

Exame: radiografia da bacia em perfil

Como calcular: corresponde à soma dos ângulos da versão pélvica inclinação sacral

Normal: 55 ± 10 graus

Exame: radiografia da bacia ou do quadril em AP

Como calcular: ângulo formado pela intersecção entre as linhas:

  • Linha através do centro do colo femoral
  • Linha através do eixo longo da diáfise femoral

Normal: 120° a 135°

Coxa vara: <120°

Coxa valga: >135°

Medidas Ortopédicas - 1c4b46dcf4f5fdcd8883d2842f7a51a8

JOELHO

Exameradiografia do joelho, TC ou RM em perfil, idealmente com joelho semifletido em 30˚

Introdução

Os principais métodos são o de Caton-Deschamps e o de Insall-Salvatti, contudo há outros como o Insall-Salvatti modificado e o índice de Blackburn-Peel. Em algumas situações, pode ser preferível utilizar determinado método em detrimento de outros:

  • Anormalidades no pólo inferior da patela (p.e.: hipertrofia, sequela de fratura, alteração pós-cirúrgica ou doença de Sinding Larsen Johansson): o índice de Insall-Salvatti pode gerar falsas conclusões, sendo preferíveis os métodos de Caton-Deschamps ou de Insall-Salvatti modificado.
  • Anormalidades na tuberosidade anterior da tíbia (p.e.: Osgood-Schlatter): os índices de Insall-Salvatti e Insall-Salvatti modificado podem gerar falsas conclusões, sendo preferíveis o Caton-Deschamps ou o Blackburn-Peel.

Em qualquer um dos métodos, o ideal é que o joelho esteja semifletido em 30˚. Os métodos de Insall-Salvatti e de Caton-Deschamps foram descritos para avaliação do joelho semifletido entre 20˚e 70˚, e entre 20˚e 80˚, respectivamente. Deve-se considerar que, caso o joelho seja avaliado em extensão completa (como, por exemplo, em alguns estudos de RM), a contração do quadríceps determina elevação da patela e pode levar a falso diagnóstico de patela alta.

1) Índice de Caton-Deschamps: quociente (a/b) entre as distâncias:

  1. Entre a borda inferior da superfície articular da patela e a borda anterior do platô tibial
  2. Superfície articular da patela, ou seja, entre as bordas superior e inferior de sua superfície articular

2) Índice de Insall-Salvati:  quociente (a/b) entre as distâncias:

  1. Entre a borda mais inferior da patela até a tuberosidade anterior da tíbia (imediatamente acima da inserção do tendão patelar)
  2. Entre a borda mais superior da patela até sua borda mais inferior

3) Insall-Salvati modificado: quociente (a/b) entre as distâncias:

  1. Entre a borda mais inferior da patela até a tuberosidade anterior da tíbia (imediatamente acima da inserção do tendão patelar)
  2. Superfície articular da patela, ou seja, entre as bordas superior e inferior de sua superfície articular

4) Índice de Blackburn-Peel: quociente (a/b) entre as distâncias:

  1. Traçar uma linha “horizontal” no plano do platô tibial e medir a distância perpendicular a esta linha “horizontal  até a borda inferior da superfície articular da patela
  2. Superfície articular da patela, ou seja, entre as bordas superior e inferior de sua superfície articular

Interpretaçãoos valores de referência diferem para cada um dos métodos:

Normal Patela Alta Patela Baixa
Insall-Salvati 0,8 – 1,2 > 1,2 < 0,8
Insall-Salvati modificado > 2,0
Caton-Deschamps 0,6 – 1,3 > 1,3 < 0,6
Blackburn-Pell  0,8 > 1,0

Medidas Ortopédicas - altura patelar radiologia online

Exame: radiografia do joelho em AP

Como calcular: ângulo formado entre as linhas dos eixos longitudinais das diáfises do fêmur e da tíbia

Normal: 0° a 10°

Joelho varo: < 0°

Joelho valgo: > 10°

Exame: radiografia do pé em perfil, com carga

Como calcular: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha que conecta a tuberosidade do calcâneo à margem inferior da articulação talonavicular
  • Linha que conecta a margem inferior da articulação talonavicular à borda inferior do sesamoide medial do complexo glenossesamoideo do hálux.

Normal: 115° a 135°

Pé plano: > 135°

Pé cavo: < 115°

Utilizado em conjunto com o ângulo de Gissane para avaliar a gravidade de fraturas do calcâneo, estando alterado em fraturas com componente impactado / compressivo. Representa a altura da faceta posterior do calcâneo.

Exame: radiografia do pé em perfil

Como calcular: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha que conecta a margem superior do processo anterior do calcâneo à margem posterior da articulação subtalar posterior
  • Linha que conecta a margem posterior da articulação subtalar posterior à margem superior da tuberosidade do calcâneo

Normal: 25° a 45°

Alterado:  < 25° ou > 45°

Utilizado em conjunto com o ângulo de Bohler na avaliação da gravidade de fraturas do calcâneo. Também conhecido como “ângulo crítico”.

Exame: radiografia do pé em perfil

Como calcular: ângulo formado pelas linhas que tangenciam o sulco calcaneano

Normal: 120° a 145°

Alterado:  < 120° ou > 145°

Exame: radiografia do pé em perfil, com carga

Como calcular: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha através do eixo longitudinal do tálus (eixo médio-talar)
  • Linha através do eixo central longitudinal do 1º metatarso

Interpretação:

O eixo médio-talar tem que estar alinhado com o eixo central do 1º metatarso.

  • Normal: 0º +/- 4º
  • Pé cavo: >4º com convexidade para cima
  • Pé plano: >4º com convexidade para baixo

Pode ser utilizado para graduar a deformidade:

  • Leve: < 15º
  • Moderado: 15 a 30º
  • Acentuado: > 30º
Medidas Ortopédicas - Meary Angle 1

Ângulo de Meary. Fonte: radiopaedia.org

Exame: radiografia do pé em perfil, com carga

Como calcular: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha através do eixo longitudinal do tálus
  • Linha que tangencia a superfície plantar do calcâneo

Normal: 35° a 50°

Pé torto: < 35°

Exame: radiografia do pé em AP

Como calcular: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha através do eixo longitudinal do calcâneo
  • Linha através do eixo longitudinal do tálus

Normal: 25° a 45°

Alterado: < 25°. Associações com condições relacionadas à retropé varo, como o pé torto.

Exame: radiografia do pé em AP

Como calcular: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha através do eixo longitudinal do 1º metatarso
  • Linha através do eixo longitudinal do falange proximal do hálux

Normal: < 15°

Hálux valgo: > 15°

Exame: radiografia do pé em AP

Como calcular: ângulo formado pelas linhas:

  • Linha através do eixo longitudinal do 1º metatarso
  • Linha através do eixo longitudinal do 2º metatarso

Normal: < 9°

Interpretação: se > 15°, provavelmente a correção do hálux valgo deverá ser acompanhada de uma osteotomia proximal do metatarso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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