PONTOS IMPORTANTES
- Neoplasia maligna de partes moles originada de céls mesenquimais primitivas (NÃO é de tecido sinovial) ⇨ fibroblastos e céls epiteliais
- Grau intermediário / alto, com curso indolente
- Acomete adolescentes e adultos jovens ⇨ pico entre 15 e 40 anos
- 95% ocorre nas extremidades (maioria MMII), geralmente próximo de articulações ou bainhas sinoviais de tendões ⇨ fossa poplítea é o local + comum
- Localização intra-articular é muito rara
IMAGEM
Pode ser lesão expansiva heterogênea (necrose, calcificações, hemorragia, cistos e níveis) ou homogênea (simulando um cisto, mas com realce intenso pós-contraste).
- Massa, lobulada iso/↑T1 (sg), ↑T2 (homo/heterogêneo), ↑↑realce heterogêneo +/- necrose
- +/- calcificações irregulares (20-30%)
- +/- hemorragia (hemossiderina ⇨ marcado ↓T2*), áreas císticas e níveis (10-25%)
- Ø ou pouco edema perilesional
⚠️ Suspeitar que lesão ovalada homogênea possa não ser cisto se localização atípica para cisto ou sinal T1 maior que líquido ⇨ reconvocar para injetar!
CONCEITOS GERAIS
Epidemiologia
- ♂2 > 1♀
- 15-40a
- 10% dos sarcomas de partes moles; 2º + comum em crianças (após rabdomiossarcoma)
Clinica
- Crescimento lento +/- dor
Patologia
4 subtipos:
- Monofásico fibroso (≈55%)
- Monofásico epitelial (raro)
- Bifásico (≈25%, epitelial+fibroso)
- Indiferenciado (raro; agressivo)
Tratamento
- CX + RTX +/- QTX
Prognóstico
- ↑ recidiva ⇨ 30-50%
- ↑metastatização ⇨ 40-70%; +pulmões
- Fatores de pior prognóstico ⇨ >5cm, tronco/cabeça e pescoço, idosos, sinal “triplo” (tec fibroso + sg + cistos), alto grau histológico
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Hemangioma ⇨ crianças, +homogêneo, flow voids
- Outros sarcomas (p.e., lipossarcoma mixoide, sarcoma pleomórfico) ⇨ +velhos, imagem pode ser similar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Imaging of Soft Tissue Tumors. Cham: Springer International Publishing, 2017.
- Surgical Clinics of North America, v. 88, n. 3, p. 521–537, 2008.
- Radiopaedia.org
- Statdx.com
COMO LAUDAR
RM-Coronal-T1
RM Coronal T1. Lesão nodular, bem delimitada, situada no subcutâneo da face lateral do terço distal da coxa. Caracteriza-se por sinal homogêneo em T1 e T2, simulando um cisto, todavia o realce intenso pelo gadolínio indica lesão sólida.
RM-Coronal-T2
RM Coronal T2. Lesão nodular, bem delimitada, situada no subcutâneo da face lateral do terço distal da coxa. Caracteriza-se por sinal homogêneo em T1 e T2, simulando um cisto, todavia o realce intenso pelo gadolínio indica lesão sólida.
RM-Axial-T1-GD
RM Axial T1 GD. Lesão nodular, bem delimitada, situada no subcutâneo da face lateral do terço distal da coxa. Caracteriza-se por sinal homogêneo em T1 e T2, simulando um cisto, todavia o realce intenso pelo gadolínio indica lesão sólida.
RM-Sagital-T1
RM Sagital T1. Lesão expansiva nodular intracapsular situada na gordura suprapatelar profunda, bem delimitada, caracterizada por hipersinal homogêneo em T2 e acentuado realce.
A morfologia ovalada e bem delimitada, bem como o hipersinal homogêneo em T2 (semelhante a líquido) simulam um cisto, todavia o realce intenso pelo gadolínio indica lesão sólida.
Desconfie que não se trata de cisto quando sua localização não for típica para cisto, e o sinal em T1 for maior do que sinal de líquido.
RM-Sagital-T2
RM Sagital T2. Lesão expansiva nodular intracapsular situada na gordura suprapatelar profunda, bem delimitada, caracterizada por hipersinal homogêneo em T2 e acentuado realce.
A morfologia ovalada e bem delimitada, bem como o hipersinal homogêneo em T2 (semelhante a líquido) simulam um cisto, todavia o realce intenso pelo gadolínio indica lesão sólida.
Desconfie que não se trata de cisto quando sua localização não for típica para cisto, e o sinal em T1 for maior do que sinal de líquido.
RM-Sagital-T1-GD
RM Sagital T1 GD. Lesão expansiva nodular intracapsular situada na gordura suprapatelar profunda, bem delimitada, caracterizada por hipersinal homogêneo em T2 e acentuado realce.
A morfologia ovalada e bem delimitada, bem como o hipersinal homogêneo em T2 (semelhante a líquido) simulam um cisto, todavia o realce intenso pelo gadolínio indica lesão sólida.
Desconfie que não se trata de cisto quando sua localização não for típica para cisto, e o sinal em T1 for maior do que sinal de líquido.
RM-Axial-T1
RM Axial T1. Lesão expansiva de partes moles situada nos ventres musculares dos vastos intermédio e medial, no terço médio / distal da coxa, caracterizada por sinal e realce heterogêneos, com áreas de hipersinal em T1 periféricas que podem corresponder a conteúdo hemático e zona central necrótica / liquefeita.
RM-Axial-T2
RM Axial T2. Lesão expansiva de partes moles situada nos ventres musculares dos vastos intermédio e medial, no terço médio / distal da coxa, caracterizada por sinal e realce heterogêneos, com áreas de hipersinal em T1 periféricas que podem corresponder a conteúdo hemático e zona central necrótica / liquefeita.
RM-Axial-T1-GD
RM Axial T1 GD. Lesão expansiva de partes moles situada nos ventres musculares dos vastos intermédio e medial, no terço médio / distal da coxa, caracterizada por sinal e realce heterogêneos, com áreas de hipersinal em T1 periféricas que podem corresponder a conteúdo hemático e zona central necrótica / liquefeita.
RM-Sagital-T2
RM Sagital T2. Lesão expansiva de partes moles situada nos ventres musculares dos vastos intermédio e medial, no terço médio / distal da coxa, caracterizada por sinal e realce heterogêneos, com áreas de hipersinal em T1 periféricas que podem corresponder a conteúdo hemático e zona central necrótica / liquefeita.
RM-Coronal-T1-GD
RM Coronal T1 GD. Lesão expansiva de partes moles situada nos ventres musculares dos vastos intermédio e medial, no terço médio / distal da coxa, caracterizada por sinal e realce heterogêneos, com áreas de hipersinal em T1 periféricas que podem corresponder a conteúdo hemático e zona central necrótica / liquefeita.
RM-Axial-T1
RM Axial T1. Extensa lesão infiltrativa de partes moles centrada nos compartimentos medial (adutor) e posterior do terço proximal da coxa, com invasão do compartimento anterior. Mantem amplo contato com o fêmur, com sinais de invasão óssea em sua cortical posterior. Caracteriza-se por sinal e realce heterogêneos, com pequenos focos císticos / necróticos esparsos de permeio.
RM-Axial-T2
RM Axial T2. Extensa lesão infiltrativa de partes moles centrada nos compartimentos medial (adutor) e posterior do terço proximal da coxa, com invasão do compartimento anterior. Mantem amplo contato com o fêmur, com sinais de invasão óssea em sua cortical posterior. Caracteriza-se por sinal e realce heterogêneos, com pequenos focos císticos / necróticos esparsos de permeio.
RM-Axial-T1-GD
RM Axial T1 GD. Extensa lesão infiltrativa de partes moles centrada nos compartimentos medial (adutor) e posterior do terço proximal da coxa, com invasão do compartimento anterior. Mantem amplo contato com o fêmur, com sinais de invasão óssea em sua cortical posterior (seta). Caracteriza-se por sinal e realce heterogêneos, com pequenos focos císticos / necróticos esparsos de permeio.
RM-Coronal-T1-GD
RM Coronal T1 GD. Extensa lesão infiltrativa de partes moles centrada nos compartimentos medial (adutor) e posterior do terço proximal da coxa, com invasão do compartimento anterior. Mantem amplo contato com o fêmur, com sinais de invasão óssea em sua cortical posterior (seta). Caracteriza-se por sinal e realce heterogêneos, com pequenos focos císticos / necróticos esparsos de permeio.
RX-joelho-perfil
RX Joelho perfil. Formação nodular hiperdensa na fossa poplítea, com calcificações irregulares periféricas.
RM-Sagital-T2
RM Sagital-T2. Lesão expansiva nodular em partes moles da fossa poplítea, bem delimitada, caracterizada por hipersinal em T2 e pequenos focos de baixo sinal de permeio que podem corresponder a focos de hemossiderina ou calcificações (calcificações à correlação com a radiografia). Associa-se leve edema de partes moles adjacentes.
