PONTOS IMPORTANTES

  • Tumor ósseo benigno + comum ⇨ 30 a 50%
  • Idade ⇨ 5 a 50 anos (pico entre 10 e 20 anos)
  • Exostose metafisária / metadiafisária com continuidade cortico-medular com osso de origem + capa condral
  • Locais + comuns ⇨ fêmur distal, tíbia proximal, úmero proximal

IMAGEM

Localização

  • Metafisário ou metadiafisário
  • Locais + comuns ⇨ fêmur distal, tíbia proximal, úmero proximal

Osteocondroma - distribuicao osteocondroma e1688338194830

Aspecto de Imagem

  • Exostose com continuidade cortical e medular com osso de origem + capa condral
    • Pode ser séssil (base larga) ou pedunculada (base estreita).
    • Geralmente orientada para longe das articulações, devido ao efeito de massa exercido pela musculatura sobre o osteocondroma.
  • TC / RM ⇨ a RM é o exame de escolha para avaliar a espessura da capa cartilaginosa, que possui hipersinal em T2.

Osteocondroma - osteocondroma 1 rx rm

Osteocondroma pedunculado situada na face lateral da região metafisária distal do fêmur. Repare na continuidade entre a medular óssea do osteocondroma e a medular óssea subjacente do fêmur. Da esquerda para a direita: RX AP, RM Coronal T1, RM Coronal T2 FatSat.

Osteocondroma - osteocondroma 2 rx rm

Osteocondroma pedunculado na face posterior da região metafisária distal do fêmur. A capa cartilaginosa é essa área linear de hipersinal em T2 que recobre a extremidade do osteocondroma. Neste caso, a capa cartilaginosa apresenta espessura fina. Da esquerda para a direita: RX perfil, RM Axial T1, RM Axial T2 FatSat.

Osteocondroma - osteocondroma 3 sessil rx rm

Exemplo de osteocondroma séssil, ou seja, com base de implantação larga. Da esquerda para a direita: RX perfil, RM Sagital T1.

Osteocondroma - osteocondroma 4 sessil rx rm

♂13a. Achado incidental à RX simples após queda. Osteocondroma séssil situado na face lateral da região metafisária proximal da fíbula. Da esquerda para a direita: RM Coronal T1, RM Coronal T2 FatSat, RM Axial T2 FatSat.

CONCEITOS GERAIS

 Epidemiologia

  • ♂2: 1♀
  • Tumor ósseo benigno + comum ⇨ 30 a 50%
  • Idade ⇨ 5 a 50 anos (pico entre 10 e 20 anos)

Osteocondroma - idade sexo osteocondroma

  • Possível associação com Osteocondromatose Múltipla ⇨ maior risco de malignização (5 a 25%) e menor idade de diagnóstico (≈2 anos).

Clinica

Assintomático ou sintomas relacionados a compressão de estruturas adjacentes, como por exemplo: dor por compressão de partes moles adjacentes; parestesia ou fraqueza por compressão sobre nervo periférico ou sobre a medula espinhal.

Patologia

Neoplasias benigna condroide provavelmente (hipótese) originada em parte da placa de crescimento que se separa da fise e se desloca para a região metafisária, onde continua crescendo independentemente, sem uma epífise associada. O osteocondroma é recoberto por uma capa de cartilagem. A cavidade medular do osteocondroma é contínua com a cavidade medular do osso subjacente.

Complicações

  • Fratura
  • Compressão neurovascular ⇨ pseudoaneurisma, neuropatia, mielopatia
  • Bursa adventícia
Osteocondroma - osteocondroma bursa adventicia RM

♂48a. Dor e massa palpável há 1 ano. Osteocondroma na face posteromedial da tíbia, com formação de bursa adventícia (seta) entre o osteocondroma e partes moles adjacentes.

  • Transformação maligna para condrossarcoma (1%) ou osteossarcoma (raro)
    • No contexto de osteocondromatose múltipla ⇨ 3 a 5% de malignização
Osteocondroma - Osteocondromatose multipla

Osteocondromatose múltipla

ACHADOS SUSPEITOS PARA MALIGNIZAÇÃO

  • Capa condral > 2 cm em adultos (esqueleto maduro) OU > 3 cm em crianças
  • Aumento da capa condral após maturidade esquelética
  • Volumoso componente de partes moles com Ca++ irregulares
  • Mudança na orientação das calcificações
  • Áreas radiolucentes intralesionais
  • Destruição cortical
Osteocondroma - osteocondroma malignizacao

Osteocondroma com transformação maligna para condrossarcoma, com capa condral espessa (seta) e calcificações irregulares (cabeça de seta).

Tratamento

  • Ressecção se sintomas ou deformidade estética.
  • Se transformação maligna, tratamento oncológico de acordo com a neoplasia maligna.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

  • Osteossarcoma periosteal / parosteal ⇨ Ø continuidade corticomedular
  • Doença de Trevor (displasia epifisária hemimiélica) ⇨ distúrbio do desenvolvimento com osteocondromas originados na cartilagem das epífises (intra-articular)
  • Nora lesion (proliferação osteocondromatosa parosteal bizarra) ⇨ continuidade cortical, mas Ø continuidade medular; mais comum nas mãos e pés
  • Reação periosteal florida ⇨ Ø continuidade corticomedular; reação perioteal lamelar ou densa; edema ósseo e de partes moles; cortical íntegra ou erodida
  • Miosite ossificante ⇨ Ø continuidade corticomedular

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Bone Tumors. New York, NY: Springer New York, 2012
  2. Tumors and Tumor-Like Lesions of Bone. London: Springer London, 2015
  3. AFIP Atlas of Tumor Pathology.  4th series, Fascicle 2. Tumors of Bones and Joints; 2005
  4. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 54, n. 03, p. 335–338, 2019
  5. Radiopaedia.org

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